sexta-feira, 10 de julho de 2009

Passagem

É difícil definir em palavras uma sensação tão intensa quanto a que eu senti no último domingo à tarde em Bauru, algo que aliviou todas as tensões adquiridas filhadaputamente durante a semana de apresentação e entrega de trabalhos.
Andando pela cidade sozinho para ir almoçar (já que em república o que menos se encontra é comida - rsss- ) eu passei de um parque grande e conhecido da cidade, me encantei primeiramente com um ipê-rosa florido magnificamente e com algumas flores caídas no chão.
Fazia uma belíssima tarde ensolarada e bastava um olhar para a praça para reparar em como as pessoas felizmente ainda aproveitam esses momentos da melhor forma: empinando pipa, brincando com o cachorro, jogando bola, pulando corda ou apenas sentados aproveitando a compania da pessoa ao lado.
Almocei e voltei pelo mesmo caminho e o sol já não "castigava" tanto quanto da última vez que havia passado por lá. O parque então estava com muito mais pessoas. Havia no ar uma felicidade tremenda, o gramado, o lago, as árvores, enfim... tudo parecia de uma sutileza inexplicável em meio a tantas pessoas se divertindo.
Ocorreu então a idéia que me fez sorrir por dentro de forma intensa: em como a pessoa que projetou aquele espaço e lutou para que ele fosse construído estaria contente ao vê-lo tãoi intensamente aproveitado pela população de diversas classes sociais, que esquecem os problemas por poucas horas para simplesmente viver em paz e harmonia. Eram exatamente estes dois últimos estados de espírito que se encontravam ali, não se trata de um exagero de quem está a escrever.
Passou-me então a vontade de ser a pessoa que projetou aquele espaço; cada caminho, cada local onde aqueles ipês, paus-ferro e farinhas-seca foram plantados para garantir momentos gratuitos de felicidade.
Está aí o papel fundamental do arquiteto-urbanista-paisagista: cuidar do bem-estar social. É seguindo este sentimento que eu farei detudo para conseguir me formar e ser o melhor possível e ver concretizado um sonho mneu ajudando as pessoas, seja com a construção de um parque, seja com casas populares ou não que farão realizado o sonho de pessoas que às vezes trabalharam a vida toda para construir o lugar só seu para curtir momentos felizes com sua família e nós, arquitetos, empurrando e fazendo se tornar realidade estes sonhos.
Espero ter expressado bem o sentimento que desde então tenho carregado e que me fez esquecer os estresses pelos quais o estudante aspirante à arquiteto têm de passar antes que se torne competente e maduro o suficiente para cuidar de assuntos que irão afetar tão diretamente a vida de outras pessoas.
A todos os que leram o texto, meu agradecimento embora o mesmo afinal serviu mesmo para que eu mesmo venha a lê-lo daqui pra frente e não esquecer meu objetivo profissional.
Muchas Gracias :D

4 comentários:

André! disse...

Aaaaaaaaaaah will.
tu tinha me contado essa história.
e achei linda a forma como voce escreveu. pôxa. sentir isso é lindo, é gostoso. e tenho certeza de que você é tão responsavel, que vai se tornar ótimo nessa profissão.
eu sei disso.
e você, também, sabe disso.
um abraço.
e toda a sorte do mundo pra você.

Anônimo disse...

willian X sol . HAUHAUHUA, mas como voce explicou essa praça, eu me senti sentada nessa praça . beijos Taah

Tiago Ast disse...

veey cheguei a imagina a praça de tao beim qui vc explico *-*....
e eu torço pra que vc consiga reliaza seus sonhos :D e se torna um otimo proficional
by:Ast

Unknown disse...

meu, que lindo!
vc respondeu uma coisa que eu venho me questionando há um bom tempo...qual o sentido de uma vocação...a gratuidade...vc me fez pensa em arquitetura de uma forma que eu não enxergava, além do estético...é, vc realmente nasceu pra isso. Eu já sabia isso pelo seu senso artístico, mas agora ta confirmado que isso vem do seu coração mesmo. Parabéns!